O tempo parece que passa a correr. Parece mesmo que foi ainda ontem que descobrimos, assim de surpresa que vinhas aí! O meu miúdo giro e sorridente, sempre bem disposto e sorridente, mas ao mesmo tempo o mais birrento que se pode imaginar, que o fez ganhar a alcunha de ?sirene? e também de ?Toni Bomba?, porque quando está com os azeites parece que explode tudo à volta dele. Os segundos filhos (e depois os terceiros e presumo que os quartos e quintos e por aí adiante) têm sempre algumas vantagens sobre os irmãos mais velhos. Uma delas é que apanham pais mais descontraídos, com mais prática e mais à vontade. Tenho claramente a certeza que foi o nosso caso.Com o António não havia tantos medos, nem tantos receios de sermos capazes. Nós sabíamos ser capazes de do que aí vinha. Há menos incertezas, porque há um irmão mais velho a indicar o caminho. Não que eles sejam parecidos, longe disso, mas talvez por isso tenho quase a certeza que os irmãos mais novos são sempre mais destemidos, e na grande maioria das vezes, conquistam as mesmas coisas que os mais velhos mais depressa. O meu António é isso tudo! E veio ensinarmos que os filhos são como os dedos das mãos todos diferentes uns dos outros, mas que se complementam. Veio provar que é normal os irmãos terem ciúmes uns dos outros, que é normal andarem à guerra, que é normal pedirem os dois atenção, e que os irmãos vivem uma relação muito especial de amor/desamor que só compreenderá...